Muitas vezes quando da publicação de matérias sobre apreensões de mercadorias, principalmente estrangeiras, feitas por agentes de fiscalização, internautas questionam sobre o destino de tais mercadorias, algumas vezes colocando em dúvida a lisura dos envolvidos na apreensão e guarda dos produtos.
Pois na manhã desta quinta-feira (10), a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) deflagraram uma operação para desarticular esquema envolvendo servidores públicos suspeitos de desviar mercadorias apreendidas em ações policiais.
De acordo com a PF, os servidores davam destinação diversa da determinada em lei com intuito de obter vantagens financeiras ilícitas, além de facilitar ações de particulares envolvidos com contrabando e descaminho.
A investigação teve início com a corregedoria da PRF e evoluiu para a instauração de um procedimento na PF, contando com o apoio do Ministério Público. Nesta fase das investigações, foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão, sete de prisão, 11 de afastamento da função pública e dois de sequestro de bens.
CIDADES ALVOS
As ações ocorreram nas cidades de Foz do Iguaçu (PR), Santa Terezinha de Itaipu (PR), São Miguel do Iguaçu (PR), Medianeira (PR), Céu Azul (PR), Cascavel (PR), Toledo (PR), Telêmaco Borba (PR), Curitiba (PR) e São Paulo (SP).
Dos sete mandados de prisão cautelares expedidos, quatro foram contra policiais rodoviários federais (um deles já aposentado). Outros sete policiais rodoviários federais investigados serão afastados de suas funções e responderão a processo administrativo disciplinar, dentro da própria PRF, que pode resultar na pena de demissão.
DESTINO DAS MERCADORIAS
A PF informou que também foi possível coletar elementos probatórios de que os envolvidos realizavam vendas dos produtos em plataformas de comércio eletrônicos, ou, contavam com auxílio de particulares para dar destinação ao material, normalmente enviado para o estado de São Paulo.
Texto e edição: Portal RD
Fonte: PRF
Imagem meramente ilustrativa

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