O brasileiro deveria ganhar 5,3 vezes mais para manter uma família de quatro pessoas. Segundo uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo ideal seria de R$R$ 6.527,67 em junho. Atualmente, o mínimo em vigor no País é de R$ 1.212.

A pesquisa leva em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Segundo o Dieese, o brasileiro precisaram trabalhar, em média, 121 horas e 26 minutos para adquirir os produtos da cesta básica.

No primeiro trimestre deste ano, a quantidade de trabalhadores formais e informais que recebiam um salário mínimo mensal ficou em 38,22%. O número representa 36,4 milhões de pessoas.

O valor do salário mínimo ideal é calculado com base na cesta básica mais cara do país, que em junho foi a de São Paulo (R$ 777,01), de acordo com os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Dieese.

A pesquisa, que é feita em em nove das 17 capitais brasileiras, constatou que, entre maio e junho, as maiores altas na cesta básica ocorreram no Nordeste, nas cidades de Fortaleza (4,54%), Natal (4,33%) e João Pessoa (3,36%).

Oito cidades apresentaram reduções, sendo que as mais expressivas foram registradas no Sul: Porto Alegre (-1,90%), Curitiba (-1,74%) e Florianópolis (-1,51%).

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador comprometeu em média, em junho de 2022, 59,68% do rendimento para adquirir os produtos da cesta, pouco maior do que o de maio, quando o foi de 59,39%.

Em junho de 2021, quando o salário mínimo era de R$ 1.100,00, o percentual ficou em 54,79%.

 

Agência Brasil

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