A 43ª edição da Expoleite e 16ª edição da Fenasul, que ocorrem entre os dias 18 e 22 de maio, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, já têm confirmadas as presenças de bovinos de leite, de corte, equinos, ovinos, bubalinos, aves e coelhos. As raças foram definidas pelas entidades promotoras dos eventos, entre elas a Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) e da Federação Brasileira de Criadores de Animais de Raça (Febrac). Pequenos animais, de acordo com o presidente da Gadolando, Marcos Tang, serão uma novidade na Fenasul.
A crise econômica e a estiagem no Estado comprometeram gravemente a cadeia leiteira, que sofre também com a alta dos custos de produção, a elevação dos preços dos insumos, a concorrência desproporcional de importados e a falta de inserção de produtos brasileiros no mercado externo. O dirigente da Gadolando acredita que, depois de uma lacuna de dois anos ocasionada pelas restrições da pandemia, as feiras tendem a dar um novo fôlego ao setor. “Com o início do frio, pela lei da oferta e da procura, aumenta a demanda (pelo leite e produtos lácteos) e os preços tendem a melhorar. A feira ainda ajuda o produtor a expor o seu plantel e se tornar conhecido no meio”, diz.
Além disso, Tang orienta o criador a fazer a otimização de suas pastagens, com uso de adubação correta e ampliação do número de cortes. “ O prejuízo está instalado e só vai poder ser recuperado daqui a dois anos. Por isso, precisamos nos unir em eventos como estes”, completa.Segundo o presidente da Febrac, João Bade Wolf, a Expoleite e a Fenasul aproximam o produtor de possíveis financiadores. “Precisamos pensar em formas de recuperar o campo e toda a cadeia produtiva. Estes eventos são oportunidades de valorização do rebanho do criador”, destaca Wolf.