O
presidente Jair Bolsonaro acompanhou de perto as votações no Senado nesta quinta-feira. Foram
aprovados dois projetos. O principal deles muda a fórmula de cálculo do
ICMS, um imposto estadual responsável por 25% do preço dos combustíveis, e zera
a cobrança de PIS-Confins dos combustíveis até o fim do ano.
O
presidente disse ao Blog do Nolasco, do R7, com exclusividade, que pretende
sancionar rapidamente o projeto, "Se aprovarem hoje, eu hoje mesmo, ou
amanhã cedo, sanciono. Em números arredondados, [zerar a cobrança de
PIS-Confins] diminui 32 ou 33 centavos no preço do Diesel (Pis-Cofins) e esse
novo cálculo do ICMS abate em torno de 27 centavos do Diesel. Dá mais ou menos
60 centavos ao todo. Os 90 centavos (reajuste anunciado pela Petrobras)
anunciados hoje passariam para 30 centavos. Então, é um primeiro passo. Em vez
de a gente falar em 90 centavos no preço do Diesel, a gente fala a partir de
amanhã em 30 centavos. É um valor alto? Ainda é. Mas, perto do que está
acontecendo no mundo, a gente está fazendo o possível", disse o
presidente.
Bolsonaro
não garantiu que vai sancionar o outro projeto aprovado hoje no Senado, que
cria um fundo de estabilização dos preços dos combustíveis. A equipe econômica
é contra a proposta, porque o projeto poderia significar uma interferência no
mercado. O presidente disse que vai debater o tema com o Ministério da
Economia.
"Eu
converso com a Economia para gente ver como proceder. A gente vai tomar muito
cuidado. Não queremos que que se alterem o dólar e a confiança no Brasil.
Agora, o preço dos combustíveis no Brasil, o povo tem que entender que é uma
coisa anormal o que está acontecendo aí, uma consequência da Guerra. E, no
nosso entendimento, está com os dias contados o fim da guerra lá na Ucrânia,
porque todo mundo perde com isso.”