Integrantes da comissão organizadora da Feira Agropecuária, Comercial e Industrial de Caibaté (Facic) reuniram-se nesta terça-feira (01), na Sala de Reuniões da Prefeitura, e decidiram suspender a realização da 11ª Feira, que estava prevista para acontecer em maio deste ano, em razão das dificuldades socioeconômicas enfrentadas pelo município devido à estiagem. A decisão pela suspensão deu-se após o Decreto de Situação de Emergência do Município ter sido homologado pelo Governo do Estado nesta semana. Em 2020, a Feira precisou ser cancelada pelo mesmo motivo, agravado pela pandemia.
De acordo com o presidente da Facic, vice-prefeito Daniel Seffrin Herther, a comissão organizadora já vinha desde o fim do ano passado avaliando a realização da Feira. “É uma decisão difícil, não gostaríamos de ter que comunicar isso, mas infelizmente vamos ter que cancelar a Facic deste ano. Os prejuízos são irreversíveis para nossa produção rural por causa da estiagem e, portanto, não há clima nem condições de pensarmos em uma festa ou em efetuar negócios agropecuários neste momento”, lamenta Daniel. Segundo levantamentos do Escritório Municipal da Emater, as perdas pela seca em Caibaté já chegam a cerca de R$90 milhões.
O coordenador da Feira, Adilson Bentz, secretário municipal de Administração e Planejamento, informa que ainda é necessária a publicação da homologação do Decreto no Diário Oficial do Estado para que os produtores possam solicitar nas agências bancárias a prorrogação de dívidas de investimentos e custeios. “Conseguimos a homologação do Decreto pelo Governo do Estado. Aguardamos, agora, a publicação no Diário Oficial e, posteriormente, reconhecimento da União, para que o município tenha ainda a possibilidade de receber auxílios do Governo Federal em cestas básicas e caminhões-pipas, por exemplo”, explica Adilson.