Foi marcado para o dia 17 de novembro o julgamento de Pedro Alberto Zimmermann, 54 anos. O homem, acusado de estuprar e assassinar Maria Eduarda Zambon, aos 15 anos, irá para júri popular.  O homem está recolhido na Penitenciária Modulada Estadual de Ijuí.

Zimmermann é acusado de homicídio, qualificado e agravado pelos motivos torpe, meio cruel, recurso de difícil defesa da vítima, feminicídio, estupro com resultado morte, crime cometido por autor com autoridade sobre a vítima e ocultação de cadáver.

Relembre o caso: 
Maria Eduarda foi considerada desaparecida depois de embarcar no carro do acusado, que deveria buscá-la de ônibus ou kombi, na manhã do dia 29 de março de 2019.

No dia seguinte, o corpo da adolescente foi encontrado com sinais de asfixia. O homem foi hospitalizado com ferimentos no pescoço e no peito, em Ijuí. Posteriormente, foi encaminhado para Porto Alegre.

Em 24 de abril, ele teve alta e foi preso, na Penitenciária Modulada de Ijuí. Em depoimento, ele negou o crime e apresentou duas versões para o ocorrido.

Na primeira, disse que um motociclista armado com uma pistola o perseguiu, cortou a frente do veículo e o obrigou a asfixiar a vítima. Depois, o suposto motociclista teria cortado, com uma faca, o pescoço dele – o homem foi hospitalizado com um corte no pescoço no dia do crime. O delegado contestou a versão.

Após ser questionado pelo delegado e pelo comissário que acompanhava o depoimento, o acusado mudou a versão, afirmando que Maria Eduarda morreu por overdose de tóxico. Ele disse que a menina o forçou a entrar com ela no mato, para que ela consumisse drogas, ameaçando inventar fatos sobre ele, caso não obedecesse.

Conforme familiares, no dia do crime, ele havia buscado Maria Eduarda em casa no próprio automóvel. A prática de levar a estudante no carro particular do motorista, e não de ônibus ou kombi, à escola, acontecia eventualmente, conforme apuração policial.

A avó de Maria Eduarda relatou à polícia que a garota dizia ter medo do motorista, e que ele tinha tentado passar a mão em seus cabelos.

Segundo o Ministério Público, Maria Eduarda foi vítima do réu entre 7h e 16h30.

A investigação encaminhou perícias no telefone celular e na blusa de Maria Eduarda e em pertences do homem, para detectar a presença de material genético dos dois. O laudo da perícia apontou, além da morte por asfixia, que o réu manteve relações sexuais com a vítima sem consentimento.

 

 

RPI