Durante coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira, dia 22, o delegado regional de Itajaí, Márcio Colatto, revelou que as investigações do homicídio de Mariane Kelly Souza, de 35 anos, apontam que o marido da vítima teria arquitetado o crime para matar a esposa e ficar com a amante.
Ainda conforme as informações, três pessoas, incluindo a amante e o marido de Mariane, já foram presos na manhã desta quinta-feira.
Márcio informou que foram 14 dias de investigações, que ainda não foram concluídas, pois o inquérito teve alguns desdobramentos.
“É um fato de extrema gravidade, face a violência em que a Mariane foi morta, com vários golpes de faca e depois amarrada e jogada no rio”, ressalta Colatto. “As estatísticas nos pedem e fazem com que a gente dê uma atenção em especial a esse crime”, concluiu.
Até agora, três pessoas já foram presas. Segundo Colatto, as buscas seguem por um quarto envolvido, que estaria ligado ao crime.
De acordo com a polícia, o pastor, marido de Mariane, arquitetou o crime para que pudesse ficar com a amante, uma vizinha dele, e com bens materiais, incluindo a casa e R$ 17 mil em dinheiro, que o pastor recebeu como rescisão de um emprego.
Eles vão responder pelo crime de homicídio, com agravante de feminicídio, e ocultação de cadáver. A arma do crime, uma faca, ainda não foi apreendida.
O crime
Segundo o delegado da DIC (Divisão de Investigação Criminal) de Itajaí, Sérgio de Souza, Mariane foi morta ainda dentro do carro, assim que saiu do trabalho.
A mulher levou 27 facadas por todo o corpo, inclusive no pescoço e no rosto. De acordo com o delegado, o primeiro golpe foi dado assim que ela entrou no veículo. Mariane caiu no colo da amante do marido.
Ela, inclusive, teria questionado. “Por que disso?”. “Um dos assassinos disse ‘você ainda está viva?’ e a golpeou novamente”, conta Souza.
Em seguida, o corpo de Mariane foi jogado no Rio Itajaí-Açu, com os braços e pernas amarrados. Os pertences da atendente foram espalhados pelo caminho.
“Eles voltaram pra casa e viveram uma vida normal”, conta o delegado. Segundo ele, os autores do crime não contavam que o corpo da vítima seria encontrado.
O carro estava registrado no nome do marido de Mariane, que é pastor. Quem dirigia o veículo era a amante, que costumava pegar o carro emprestado.
O sobrinho e o genro da vizinha foram contratados para o serviço. Cada um teria recebido R$ 2,5 mil para realizar o crime.
Fonte: ND +