Na última sexta-feira, 04 de setembro de 2020 reuniram-se na Câmara Municipal de vereadores de Mato Queimado, autoridades, líderes partidários, filiados, simpatizantes e povo em geral, para oficializarem os novos concorrentes ao Executivo e Legislativo do Município. O encontro obedeceu todos os protocolos de enfrentamento ao Covid-19.

Para a Chapa Majoritária pela sexta vez, decidiu-se então pela Continuidade do Consenso entre os partidos, MDB, Progressistas, PTB, PT E PDT, para a futura administração, algo singular e único no Brasil. Cabe lembrar que o Município em seus 20 anos, sempre optou pelo Consenso no Executivo. Para as 9 cadeiras do Legislativo foram lançados 13 nomes para concorrer. No pleito de 2020 os concorrentes pelo legislativo terão pela frente o Quociente Eleitoral, ou seja, nem sempre o mais votado vai conquistar uma cadeira no Legislativo, entenda:

O que é o quociente eleitoral?

Prefeitos, governadores e presidentes são eleitos pela maioria dos votos, o chamado sistema majoritário. Nas cidades com mais de 200 mil eleitores, caso o primeiro colocado não receba mais da metade dos votos válidos, há segundo turno.

No caso de deputados e vereadores, não é assim que funciona. Eles são eleitos pelo sistema proporcional. A conquista ou não de uma cadeira no Parlamento depende do chamado quociente eleitoral, calculado a partir da soma do total de votos válidos (em candidatos e legendas) dividido pela quantidade de vagas disponíveis.

 

Exemplo:

Total de votos válidos = 1.000

Total de cadeiras na Câmara = 10

Quociente eleitoral =100

Na prática, é como se todos os candidatos a vereador de um partido estivessem disputando as eleições como um grande bloco. É a partir da soma de todos os votos obtidos pela legenda que a Justiça Eleitoral define a quantidade de cadeiras que cada sigla terá direito, a partir de um outro quociente, o partidário.

Exemplo:

Votos válidos recebidos pelo partido = 200

Quociente eleitoral = 100

Quociente partidário = 2 (mesmo número de vagas)

São esses dois cálculos que definem o total de vagas que o partido terá direito no Legislativo Municipal. No exemplo fictício acima, a sigla ficará com duas vagas.

Normalmente os mais votados acabam sendo eleitos. No entanto, o sistema proporcional pode passar por distorções quando aparecem os "puxadores de voto", que acabam, sozinhos, aumentando a quantidade de votos do partido e "puxando" candidatos com votações muito menores.

O fim das coligações

As eleições deste ano também contam com uma novidade. Com o objetivo de tentar evitar o "Efeito Tiririca", o Congresso aprovou também uma emenda à Constituição que proíbe a formação de coligações nas eleições proporcionais. A partir das eleições de 2020, os partidos só poderão contar com votos de seus próprios candidatos para atingir o quociente eleitoral.

Com essas novas regras, fica a critério de cada partido a sua forma de proceder com a campanha para conquistar mais votos em seus candidatos ou na legenda.

Para o Executivo concorrerão em Chapa única:

Prefeito: Joaquim Bourscheidt, MDB (atual Vice-Prefeito)

Vice-Prefeito: Mauro José Hartmann PP (atual vereador)

Para o Legislativo 3 Partidos colocaram nomes para as 9 cadeiras

MDB

Ires Dalla Barba (Candidata à reeleição)

Danilo Roberto Klein (Candidato à reeleição)

Carmen Kessler

Jorge Augusto Welter (Candidato à reeleição)

Progressistas

Luiz Ely (Candidato à reeleição)

Josiane Hentz

José Augusto Borchert

Marinês Muller

César Hippler

Ivo Hartmann (Candidato à reeleição)

PTB

Tatiane Welter

Liane Schlotefeldt (Candidata à reeleição)

Marcos Schmitt


As eleições ocorrem no dia 15 de novembro de 2020.

Fonte e Fotos: Rádio e Jornal Grupo Interativa